1950
Finalmente, depois de vinte
anos da primeira Copa do Mundo, realizada no Uruguai, sendo este o primeiro
país a sagrar-se campeão mundial, a 4ª Edição ocorreu no Brasil e foi disputada
por 16 seleções, que jogariam em Belo Horizonte, Porto Alegre, Recife, São
Paulo, Curitiba, com a final jogada no Rio de Janeiro.
A Seleção da então CBD, hoje
CBF, foi para final e enfrentaria ninguém menos que “los Orientales”. O
pequeno-grande Uruguai haveria de enfrentar o Brasil na Final, no estádio do
Maracanã, a então Meca do Futebol.
Um espírito de “já ganhou”
encheu as mentes brasileiras, nada poderia tirar este título da nossa
“verde-amarelo”.
Entretanto para surpresa,
choro e desespero dos brasileiros, os uruguaios, e que se diga URUGUAIOS, não
baixaram a crista e sagraram-se novamente campeões.
Por mais de meia hora houve
um silêncio quase que sepulcral no estádio, ninguém estava acreditando naquele
2X1 para os URUGUAIOS. Tristeza, lágrimas de um lado e alegria imensa para os
que não conseguiram vencer a superioridade adversária.
Aos bravos e guerreiros, que
sufocaram o grito de “Campeão” dos Brasileiros os louros de uma vitória
histórica. Uma inesquecível e maravilhosa vitória para eles e para nós uma
derrota difícil de admitir, tanto que o peso do desastre recaiu sobre os ombros
de Barbosa, o nosso goleiro, e como sempre alguém pagaria o pato. Pobre e injustiçado Barbosa.
Mas a culpa, se é que houve
seria de todos, porém sempre havemos de culpar alguém e nunca admitir que os
outros fossem os melhores.
Os uruguaios é que tiveram
todos os méritos. Foram valentes e destemidos, não baixaram a guarda e jogaram com
garra e otimismo.
Tia Maria chorou a derrota
de nossa Seleção assim como chorou a totalidade de nosso povo, alguns aprenderam, mas
a maioria não tirou desta derrota a lição de que não podemos contar com o ovo
da galinha antes desta pô-lo.
Hoje, 63 anos após àquela
derrota memorável muitos são os que ainda choram o leite derramado, porém temos
que abandonar o pessimismo, o derrotismo, o inconformismo e olhar o futuro com
olhos otimistas.
E por ser otimista, Tia
Maria é quase centenária.
Por ser otimista ela a cada
dia vai vencendo uma partida e sagrando-se campeã.
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